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Esse é o Araponga. Um blog que tem por intuito alertar e informar a todos os brasileiros. Sobre o que? Só você lendo pra saber.
Pretendo ser o mais eclético possível, falando desde novela até sobre política. Fazendo uma análise crítica de tudo e esperando que você, caro leitor, possa fazer o mesmo. Pois tudo o que você ouve é meia verdade, a outra meia verdade está dentro de sua cabeça.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tabagismo - a droga "regularizada"

      As pessoas sempre falam sobre as conseqüências do fumo e tal, sinceramente, já estou farto disso. Para mim é difícil acreditar que ainda existem pessoas que desconheçam os perigos que esta droga trás. Sim, é uma droga, e até onde sei drogas são proibidas no Brasil, mas por que o cigarro não?

     Isso envolve vários motivos, mas o principal é o motivo econômico. Entretanto não é sobre isso que quero falar e alertar a todos vocês, mas sim sobre os motivos pelos quais as pessoas não conseguem largar o fumo.

     Em primeiro lugar porque o tabagismo é uma doença e, como toda doença, é preciso ser tratada - não dá para simplesmente desistir de tê-la. Culpa da nicotina, substância que causa a dependência. Ela provoca alterações no sistema límbico - região do cérebro que comanda as emoções e as necessidades básicas do corpo, como comer e dormir. "São essas mudanças na estrutura cerebral que despertam a vontade de dar mais uma tragada, necessidade que se repete várias vezes ao dia", conta o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, que comanda o Ambulatório Antitabagismo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista.

    A presença da nicotina na massa cinzenta diminui a produção natural de neurotransmissores que dão a sensação de prazer, como a dopamina e a serotonina. Sem contar tanto com elas, para o corpo voltar a se sentir bem, ele vai precisar da droga. A forte sensação de desprazer e outros sinais desagradáveis que ocorrem na ausência de nicotina é conhecida como síndrome de abstinência, um dos fatores que mais dificultam parar de fumar. "Quem consumia um maço por dia, por exemplo, enfrenta umas 20 crises de estresse diariamente por falta dessa substância", completa. Isso sem falar na dependência psicológica, a falta que faz o velho hábito de estar com o cigarro por perto. Não é à toa que a maioria dos tabagistas simplesmente não consegue se livrar do vício na primeira tentativa. Cerca de 80% dos que param pra valer só são bem-sucedidos depois de tentar cinco vezes. Por isso, se você já tentou apagar o cigarro do seu cotidiano sem sucesso, não desista.

    O cigarro no início parece muito bom, traz uma sensação de conforto e prazer, mas e depois? Muitas pessoas sabem do risco que correm ao fumar, só que acredito que boa parte desconhece o quão difícil é se livrar dessa “praga”. Mas se isso não é o suficiente para você, então preste atenção:

    
     “A cada dia, um número maior de indivíduos inicia o uso do cigarro, muitos em idade precoce, motivados por propagandas bonitas e enganosas, influências de "amigos" e "turma", costumes familiares, rebeldia e por outros inúmeros fatores.
      O tabaco transformou-se no maior agente causador de doenças e mortes prematuras da história atual. Ele está associado a 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 30% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular, entre outras, tornando o seu uso um grande problema de saúde pública.
     Desde 1993, o Brasil é o maior exportador e o quarto maior produtor de tabaco do mundo e é indiscutível que o recolhimento de impostos sobre esse produto é significativo para a economia do País, mas, provavelmente, fica muito abaixo dos valores gastos com os prejuízos decorrentes do ato de fumar. E os gastos vão muito além do tratamento médico de fumantes, pois geram perdas econômicas ocasionadas pela falta ao trabalho, queda da produtividade, aposentadoria precoce, incêndios, acidentes no trabalho e no trânsito, manutenção de aparelhagens, reposição de móveis, tapetes, cortinas, etc. Portanto, o problema do tabagismo é agravado pelos danos que causa ao meio ambiente doméstico, urbano, rural e social.
     A Organização Mundial de Saúde - OMS - considera o fumo o maior agente de poluição doméstica ambiental, sendo as crianças as mais prejudicadas. A convivência involuntária com a fumaça de cigarros transforma não-fumantes em fumantes passivos, com percentual 50% maior de infecções respiratórias nas crianças que convivem com mais de dois fumantes em casa.
      No entanto, mesmo com todas essas informações, as pessoas continuam fumando e para uma infinidade de fumantes a frase "Tenho que parar de fumar" mais parece um monstro de sete cabeças e um sonho ainda inatingível. Mas por que é tão difícil para de fumar? Por que mesmo com os avanços da ciência ainda não se criou uma fórmula mágica de abandono do cigarro?
      As respostas para essas e outras perguntas estão sendo aos poucos respondidas por inúmeros estudos no mundo todo.
      O cigarro possui mais de 4.700 substâncias em sua composição, mas de todas elas a única responsável pela dependência química é a nicotina. Parar de fumar envolve criar mecanismos para que o organismo se adapte à falta desta substância química e criar artifícios que deverão ser usados para lidar com a dependência psicológica causada pelo cigarro.
     Por isso, a dificuldade encontrada por muitos fumantes em abandonar o vício. Deve-se lidar com duas dependências a química
(causada pela nicotina e responsável pela temível síndrome de abstinência e sintomas físicos) e a psicológica (causada pelos hábitos e costumes que o fumante relaciona ao cigarro).
     Para lidar com a dependência química, a ciência dispõe de recursos já bem conhecidos, quer pela Terapia de Reposição de Nicotina
(goma de mascar e adesivos) ou por Terapia Medicamentosa (anti-depressivos monocíclicos ou tricíclicos e anti-hipertensivos).
     Porém, apenas isso não é o suficiente e o grande diferencial no novo atendimento para pessoas dispostas a abandonar definitivamente o hábito de fumar é a Terapia Cognitivo-Comportamental, que ensina ao fumante como lidar com a dependência psicológica e o que fazer para se livrar dos hábitos, manias e costumes de fumante.
     Parar de fumar não é uma missão impossível quando se alia vontade e recursos adequados, sendo o impulso principal e o mais importante de todos, QUERER parar.
     Buscar apoio em profissionais habilitados vêm sendo o meio mais eficaz no combate ao tabagismo, o acompanhamento feito por esses profissionais permitem que a pessoa tenha mais recursos para lidar com as situações por ele vivenciadas, fazendo a diferença entre o tentar e o conseguir parar de fumar.
     Decidir parar é o primeiro passo, ter sempre em mente os motivos que o fazem querer abandonar o cigarro e imaginar os benefícios que você terá tanto na saúde como na vida pessoal, social, profissional e familiar são passos também importantes e que servem como "combustíveis" para impulsioná-lo ao sucesso, isso associado ao acompanhamento profissional e ao tratamento adequado à sua necessidade tornarão possível o abandono do cigarro de forma definitiva. 
     Não perca mais tempo e saúde, busque ajuda e pare de fumar, mostre a si mesmo e a todos que o cercam que você pode e consegue.”

 

Autora:
Dra. Paula Fabricia Avila de Campos

Obs.: Algumas informções foram tiradas de diversas fontes e outros blogs, qualquer semelhança não é coincidência.



                                        Fim de Transmissão...

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