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Pretendo ser o mais eclético possível, falando desde novela até sobre política. Fazendo uma análise crítica de tudo e esperando que você, caro leitor, possa fazer o mesmo. Pois tudo o que você ouve é meia verdade, a outra meia verdade está dentro de sua cabeça.

domingo, 18 de março de 2012

A Estética de Hegel


Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Stuttgart no dia 27 de agosto de 1770 e faleceu no dia 14 de novembro de 1831 em Berlim.

     Hegel foi um filósofo alemão que contribuiu grandemente para a formação do Idealismo Alemão, também chamado idealismo absoluto. Ele estudou teologia e filosofia. Interessou-se pelos problemas religiosos e políticos, simpatizando-se pelo criticismo e pelo iluminismo; em seguida dedicou-se ao historicismo.

     Hegel definiu a estética como a ciência que estuda o belo, conferindo a estética à categoria de ciência filosófica. Sua análise do belo é basicamente em cima do belo artístico, relegando o belo natural a um segundo plano. “Para justificar esta exclusão, poderíamos dizer que a toda a ciência cabe o direito de se definir como queira”. Uma análise detalhada das diferenças do belo artístico e do belo natural foi feita por Hegel, privilegiando o belo artístico por considerá-lo superior, tecendo explicações sobre tal superioridade.

     Para ele, o belo artístico é muito mais importante porque é oriundo da idealização do espírito humano, isso fica bem nítido quando lemos a seguinte frase dita por Hegel: “A pior idéia que atravessa o espírito do homem é melhor e superior que a maior produção da natureza, e isso justamente porque participa do espírito e que o espiritual é superior ao natural.”

     Hegel fora fortemente influenciado por Kant que dizia que o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. Kant faz a diferenciação entre o juízo de gosto e o juízo estético. Baseando-se nesses pensamentos Hegel vai além e introduz o conceito de história. Segundo ele a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. E essa mudança, que se refletir na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes.

     Para Hegel a arte tem por função principal a de nos trazer sentimentos, sensações como admiração, encanto, amor, ódio, tristeza; e não de trazer a lembrança, como pensavam filósofos mais antigos, que exaltavam o belo natural.

A Concepção de arte na atualidade

     É provável que se Hegel ressuscitasse para contemplar a situação da arte na atualidade ele diria que somos merecedores de tal situação, pois como ele disse a arte depende da cultura vigente.

     Logo podemos afirmar segundo essa linha de pensamento que, não é que não se produza arte em nossos dias, mas é a nossa cultura que está sendo deturpada e moldada em prol da alienação do povo.

     A arte que, nos tempos de Hegel, era utilizada para criticar, para trazer reflexões importantes, hoje é suprimida e ignorada por uma grande parcela da população. O que prevalece é arte que aliena.

     Também podemos dizer que a espiritualidade da arte está em decadência. Sim, pois Hegel acreditava que todo o belo artístico era oriundo do espírito. Todavia esses “espíritos” eram críticos, eram conscientes, eram livres. Hoje vemos espíritos aprisionados pelo consumismo do mundo, pobres de conhecimento, de educação. Ricos em violência, bebidas, futebol, e mulheres nuas.

     Portanto se hoje o nosso “belo artístico” não é tão belo assim, é porque de certa forma nós somos responsáveis. Nós que permitimos que a cada dia a nossa cultura verdadeira seja extraída e sugada de nós enquanto uma nova cultura é implantada, uma cultura que domine a massa e uma vez dominados sair dela é muito difícil.