É gente a moda chegou ao Brasil, como que um relâmpago vimos acontecer em nosso solo sagrado um fato que até então era “comum” que acontecesse do outro lado do planeta. Nesta quinta-feira, dia 08 de abril de 2011, por motivos adversos, desconhecidos e que provavelmente nunca poderão ser descobertos, somente especulados, o jovem Wellington Menezes de Oliveira de 23 anos, adentrou uma escola pública de ensino fundamental e disparou aproximadamente 60 vezes, provocando o óbito de 12 crianças e deixando mais 11 feridas, algumas se encontram em estado grave.
Esse fato coloca ainda mais lenha em uma fogueira cada vez mais crescente, a palavra do momento, o bullying. Da parte de quem pratica é engraçado, do lado de quem sofre é atormentador e angustiante, todavia como podemos identificar o que é bullying e o que é uma simples brincadeira? Isso é muito complicado, pois o que pode ser considerado bullying para uns, não o é para outros. Certas pessoas suportam e levam na esportiva certos tipos de brincadeiras, outras não.
Outro fator que interessantíssimo para que possamos tentar fazer uma análise sobre a mente desse indivíduo é nos colocarmos no lugar dele. Qual seria o nosso comportamento se vivêssemos tudo que ele viveu? As chances de cometermos as mesmas loucuras seriam altas, entretanto é compreensível que algumas pessoas relutem e digam que não fariam tal coisa, digo-vos pois que vocês estão longe de ter a capacidade de se colocar no lugar de outrem, pois muitas vezes quando o fazemos, transportamos conosco toda nossa bagagem cultural e educacional e em nossa imaginação acrescentamos a bagagem oriunda do outro, no caso o assassino, quando o correto seria que nós nos despuséssemos de tudo aquilo que aprendemos e considerarmos somente a experiência do assassino. É claro que tal ato é deveras muito complicado de se conseguir, mas conseguir realizar 50% disso já ajudaria bastante inclusive nos nossos convívios sociais diários.
Não quero que vocês, caros leitores, venham a pensar que eu quero aqui justificar tal ato de crueldade, ou defender o assassino, minha intenção é apenas mostrar as pessoas que isso foi só a ponta do “iceberg” (para quem desconhece, a maior parte do iceberg é justamente a que fica submersa na água) e que para que ele viesse a tomar tal atitude muitas coisas aconteceram. Fatos esses que provavelmente nunca poderão ser descobertos na sua totalidade. Afirmo-lhes com clareza que nosso sistema educacional busca sempre melhorar e aumentar nosso QI (isso quando busca né) enquanto nosso QE (Quociente Emocional) é deixado de lado. Defendo que todos os alunos devem ter acompanhamento psicológico constante, pois do contrário veremos cenas como essas se repetirem várias vezes e não é isso que nós queremos. Essas crianças que tiveram a infelicidade em contemplar uma cena como essa correm sérios riscos de acarretaram traumas para o resto de suas vidas, ou pior, podem um dia vir a tomar uma atitude semelhante a desse assassino bárbaro e cruel.
Certo pensador dizia que nós vivemos em uma sociedade de espelhos (creio que foi Freud que disse isso) e com convicção posso afirmar que os espelhos que moldaram esse jovem assassino não foram muitos bons. Mais e você? Aonde você tem se espelhado? Quem o está influenciando? A quem você está influenciando? Deixo a vocês estas indagações. Falar mal do assassino ou coisas do tipo não fará nenhuma diferença, pois infelizmente o que está feito, está feito. Mas nós podemos trabalhar para que isso não se repita.
Fim de Transmissão...